Espaços públicos

Edifícios históricos preservados em São Paulo

Reprodução Rodrigo Soldon

A cidade de São Paulo é lar de uma diversidade de edifícios históricos que eternizam a memória arquitetônica da metrópole. Os novos usos atribuídos a essas construções garantem a apropriação pela população e uma nova vida para prédios centenários. Separamos uma lista de edifícios marcantes e representativos da história da cidade. 

FAU da Rua Maranhão

Projetado pelo arquiteto sueco Carlos Ekman, o edifício da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Rua Maranhão é um dos últimos edifícios remanescentes do estilo art nouveau na cidade de São Paulo. Construída em 1902 para abrigar as famílias do Conde Antônio Álvares Penteado e a de seu genro, Antônio Prado Júnior, e doada para a Universidade de São Paulo em 1949, atualmente o prédio abriga atividades de ensino de pós-graduação e optativas de graduação, pesquisa, cultura e extensão.

Casa do Barão de Bocaina

A Casa do Barão de Bocaina foi inaugurada em 1911 e está localizada nos arredores da Avenida Paulista. O casarão possui dois pavimentos, uma bela entrada com colunas jônicas, jardim e os muros e portões baixos conservados. Atualmente, incorporada pela Stan, o edifício tombado sedia o restaurante Gula Gula, com uma cozinha saudável e afetiva. 

Residência Benjamin Fleider

A Residência Benjamin Fleider foi projetada pelo arquiteto Oswaldo Bratke, um dos arquitetos mais relevantes da arquitetura moderna. Localizada no bairro Jardim Europa, a construção foi revitalizada pelo Studio Arthur Casas, que manteve sua arquitetura original preservada, com o reforço de vários pontos estruturais existentes e ampliação do subsolo. 

Casa das Rosas

A Casa das Rosas foi construída em 1935 com o projeto do famoso escritório do arquiteto Francisco de Paula Ramos de Azevedo, responsável também pela idealização da Pinacoteca do Estado e do Mercado Municipal. A mansão em estilo clássico francês com trinta cômodos, edícula, jardins, quadras e pomar na Avenida Paulista foi ocupada pelos herdeiros de Ramos de Azevedo até 1980. A construção foi preservada em uma ação inédita e transformada em um centro cultural inaugurado em 1991. O prédio localizado no fundo do terreno, chamado Parque Cultural Paulista, foi incorporado pela Stan e gera receita para a preservação da casa, um ótimo exemplo de como é possível permitir construções que viabilizem a preservação

Casa de Cultura da Vila Guilherme 

O casarão foi inaugurado em 1924 com o objetivo de sediar a escola pública local. Localizado na Zona Norte da cidade, ao lado do parque Vila Guilherme, o edifício recebeu de 1977 a 2005 a sede da administração regional. O prédio que foi  tombado pelo Departamento de Patrimônio Histórico, e que conta com 3.000 m², mais de 16 salas multiusos, uma ampla área externa e pátio interno, foi transformado em uma Casa de Cultura em 2016. 

Oficina Cultural Oswald de Andrade

O edifício da Oficina Cultural Oswald de Andrade de estilo neoclássico foi projetado pelo escritório Rosa Martins e Fomm e inaugurado em 1905. Sua construção é em alvenaria de tijolos, com piso de assoalho no pavimento superior e cobertura em telha francesa. Localizado no bairro do Bom Retiro, o prédio tombado sedia diversas atividades culturais. 

Casa de Dona Yayá

O antigo casarão do Bixiga construído no século 19 é considerado como uma das últimas chácaras que circundam a região central da cidade. O edifício serviu de residência entre 1920 e 1961 para a reclusa Sebastiana de Mello Freire, a Dona Yayá. O casarão passou por recuperação e restauro e foi reconhecido como patrimônio cultural em 1969. Atualmente o prédio sedia o Centro de Preservação Cultural (CPC) da USP.

Palácio das Indústrias

O Palácio das Indústrias foi inaugurado em 1924 e levou 13 anos para ser finalizado. O projeto foi idealizado pelo arquiteto Domiziano Ross e concebido como espaço aberto ao público para exposições industriais, agrícolas e comerciais, focando os avanços paulistas nessas áreas. Atualmente o edifício acomoda o Museu Catavento, inaugurado em 2009. 

Beatriz Lopomo
Beatriz é estudante de jornalismo da Universidade de São Paulo e possui grande interesse por temas relacionados à cultura e urbanismo. Publicou textos para a empresa júnior de jornalismo da USP.